terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Choque de culturas


Quando o Internacional contratou Jorge Fossati, muitos temiam pelo risco de um choque cultural, dadas as diferenças entre o Brasil e os demais países da América do Sul.

Imediatamente veio a informação de que o técnico havia jogado no Brasil e falava bem o idioma.

Porém, a cultura de um povo, de um país, vai muito além da língua que se fala, o que é óbvio.

O fato de fumar durante os treinamentos é fortemente condenável no Brasil, enquanto nos demais países latino americanos, tal hábito é mais aceito.


Parece ser apenas uma questão corriqueira, sem importância, e de fato é. Mas, infelizmente, o mundo não funciona assim.

E a imprensa gaúcha, ávida por crucificar treinadores, ainda mais colorados, já "marcou na paleta".
Seria interessante se algum diretor do Inter, com bastante tato, encostasse no treinador e recomendasse que o uruguaio reveja esse seu hábito. Que procurasse não fumar nem mesmo nos treinos, quando estes fossem abertos. Que deixasse para os treinos fechados.

O esquema tático também parece causar certo estranhamento. O 3-6-1 parece já ter caído na antipatia da opinião pública, antes mesmo de estreiar oficialmente.
Por certo, esperavam que o Inter, com uma semana de treinos, goleasse o Inter B, com um mês de trabalho. E se isso ocorresse, caíriam de pau no Inter B, por não ter condições de jogar o Gauchão.

O treinador uruguaio já avisou que o esquema não é a sua principal preocupação, e que o mais importante é o entrosamento e a aptidão de seus comandados. Mas mesmo assim, talvez por ser estrangeiro, pese ainda mais o fato de, inicialmente dispor a equipe com três zagueiros, seis meias e apenas um atacante.

É bom que todo o Internacional se prepare para o "chumbo grosso" que virá.

Já é possível perceber que a imprensa aguarda apenas o primeiro tropeço do Inter para começar a criticar o time, a temporada de contratações e, principalmente, o técnico.

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