segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Análises, teorias, conjecturas, hipóteses


Apesar das negativas de todos os envolvidos, continuam as especulações de que Guiñazú está forçando uma transferência para o São Paulo.


Não sei não, mas onde há fumaça, há fogo, e a maneira como o argentino está se comportando deixa no ar um quê de mistério, que geralmente não acaba bem.


No site do jornalista paulista Vitor Birner (http://www.blogdobirner.virgula.uol.com.br/), há uma informação de que Guiñazú teria dito a Fernando Carvalho que no Inter não jogaria mais, dada a insistência do dirigente colorado em não negociá-lo.


Por outro lado, reforço espetacular que cogitávamos ser um atacante pode realmente ser Wilson Matias, que, pelo nome, não tem nada de impactante.


Por mais que Wilson jogue, chamá-lo de espetacular não faz sentido, a não ser que tal caracterização seja uma forma de compensar uma possível baixa de Guiñazú.


É claro que a chegada de Wilson faz mais sentido como reposição de Sandro, mas a saída do volante mineiro do Beira-Rio é algo já decantado há um bom tempo.


Dessa forma, embora a reposição se dê no lugar de Sandro, o status que Fernando Carvalho está querendo dar ao jogador é o mesmo de Guiñazú. Tanto que Luigi até comparou as duas contratações.


Por fim, se estiver correta a informação de que Guiñazú não deseja mais atuar pelo Internacional, a atitude mais correta que a diretoria pode proceder está na não liberação do argentino e o seu afastamento do grupo principal durante a Libertadores, mais ou menos o que ocorreu com Elder Granja em 2006 (e todos lembram o que aconteceu com o meia/lat. direito após sua "briga" com a Diretoria).


Ao final da competição continental, o Inter poderia negociá-lo por qualquer preço, para qualquer clube, já que a idade avanada e a incompatibilidade com o clube não deixam muitas alternativas para o argentino no Beira-Rio.


Mas tudo isso não passa de meras análises, teorias, conjecturas, hipóteses baseadas em informações parciais. Esperemos pelo futuro para avaliar questões mais concretas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Espetacular.... será ?


Quem será a contratação espetacular a qual Fernando Carvalho se refere ?


Entre os principais nomes citados estão Fred, Ricardo Oliveira, Rafael Sobis e Tinga. Especulo ainda a possibilidade de ser Verón. Mas destes, qual realmente seria uma contratação espetacular, tanto do ponto de vista individual, quanto do ponto de vista coletivo.


Considerando as necessidades do time, a "centroavância" é, de fato, a posição que poderia render algo de espetacular, mas nomes como Rafael Sóbis e Ricardo Oliveira já perderam esse status (se é que já tiveram).


Caso esse jogador seja o Tinga, o tempo que se passou e sua função na equipe, retiram dele a áurea de espetacular. Trata-se de um símbolo da conquista da Libertadores-06, mas sua chegada obrigaria a saída de Guiñazú ou Giuliano do time, algo improvável atualmente. Portanto, o retorno de Tinga causaria mais problemas do que soluções ao time, por maior que seja sua qualidade. Sobreposição de jogadores nunca foi bom, nem no Real Madrid, nem no Inter.


A hipótese de ser Verón esse jogador seria algo realmente impactante. Ouvi alguns anos atrás que Fernando Carvalho chegou a cogitar sua contratação, tendo inclusive se encontrado pessoalmente com o jogador, mas o argentino recusou a proposta colorada, pois desejava retornar ao seu clube de origem, o Estudiantes.


Do ponto de vista do negócio, que sempre deve ser levado em conta na contratação de jogadores, Verón representaria um alto investimento, praticamente sem retorno financeiro. Além disso, a chegada do lateral uruguaio Bruno Silva preenche a vaga de estrangeiro deixada por Bolaños.


Portanto, a chegada de Verón somente seria possível com a saída de D´Alessandro ou Guiñazu (olha a saída de Guiñazu sendo cogitada duas vezes nesse post).


Por fim, Fred. Este sim seria um reforço de vulto para a conquista da Libertadores 2010. Um centroavante incontestável, que sabe fazer gols em todas as circustâncias e que cobriria a saída de Nilmar com vantagem, embora com atraso.


Edú e Fred formariam uma dupla de respeito, com Taison, Marquinhos e Alecsandro como opções.


Vale a pena sonhar

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A verdade sobre a verdade do imbróglio Guiñazu


Está quase chegando ao fim o imbróglio em que se meteram Guiñazu, São Paulo e Inter.


Por ser um jogador veterano, mas de forte importância para o time, os dirigentes negam vendê-lo.


Guiñazu não foi contratado com o perfil predileto dos comandantes do clube, qual seja, de jogador jovem, com bom potencial de valorização e mercado europeu ou árabe, não é portanto, um jogador de "prateleira".


Por isso, ao que tudo indica, o Argentino fica no Inter, ao menos até o final da Libertadores. Mas será que cumprirá o contrato integralmente ? Será que vai continuar sendo capitão ? Será que vai manter seu espírito guerreiro ?


Do que foi escrito no post anterior "a verdade sobre o caso Guiñazu", cabe um acréscimo apenas, mas fundamental, que trata da vontade do jogador em se transferir.


Até o dia de hoje, parecia que tratava-se apenas de uma proposta do São Paulo. Porém, a vinda do Argentino, com advogado e tudo o mais, para uma reunião com Fernando Carvalho, mostra que há um ruído grave na relação entre Guiñazu e o Inter.


Agora o cholo, que sempre lutou muito em campo, precisará se preparar mais ainda para a temporada de 2010, pois a torcida ficará atenta e cobrará qualquer desleixo do Argentino.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A verdade sobre o caso Guiñazu


A verdade, pelo menos para este que vos escreve, no bafafá entre Guiñazu, São Paulo e Inter é que o tricolor paulista tem por costume, assim como diversos outros clubes do Brasil, inclusive o próprio Internacional, bisbilhotar nos registros da CBF os contratos em vencimento.


Quando detecta um jogador interessante nessas condições, contrata um agente para "aliciar" o atleta. Foi o que fizeram, contratando esse empresário para contatar com o cholo, que como profissional aceita receber todas as propostas possíveis, o que não significa que deseje sair ou esteja insatisfeito.

Acontece que, no caso do volante colorado, havia uma "pegadinha", pois o registro do contrato na CBF estava no fim, mas o vínculo entre o Inter e o jogador duraria mais um ano e meio.


E a imprensa, através do Benjamin Beck, ao ver o documento, fez sua parte, noticiando o caso.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uniformes


Li agora no blog do Sergio Couto de que o Internacional reprovou a nova coleção de uniformes apresentada pela Reebok.


Um dos motivos teria sido a imitação da "gola de marinheiro" que a Puma espalhou pelo mundo, inclusive na Azenha. É impressionante como os maus exemplos são mais fáceis de assimilar.


Isso remete ainda à camisa da Nigéria para a Copa de 2010. A Adidas já estava vendendo os novos Kits, quando uma autoridade da NFF (Nigerian Football Federation) vetou os mesmos, causando uma grande confusão.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O motivo maior


Os motivos que levaram a contratação de Jorge Fossati todo o mundo já sabe. O custo, a experiência internacional, o bom trabalho na LDU, a boa fluência do idioma português.

Porém, a entrevista coletiva concedida pelo técnico uruguaio, ontem, no Beira-Rio, revelou (ainda que não explicitamente) o motivo principal para a perda do título brasileiro.

A figura e o discurso de Fossati dão indícios de que a saída de Nilmar foi, sem dúvida, importante para a perda do Campeonato, mas a principal razão para tanto não está na venda do ex-atacante colorado.

O motivo maior causador desse vice campeonato e, por conseqüência, da contratação de Fossati, está na perda de foco do grupo, causada por tantos conflitos que estouraram no vestiário durante o ano todo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Coincidências.......


O ano é de copa, o Inter se classificou para a Libertadores em segundo lugar e o Boca está fora.


Essas são algumas coincidências entre o ano mágico de 2006 e o de 2010..... que esperamos que seja igualmente mágico.


Agora outras coincidências:


O Inter contrata um técnico sob a desconfiança de boa parte da torcida, assim como fez ao trazer Abelão em 2006.


E, principalmente, o "oclão escuro" do Fossati no seu desembarque hoje de manhã remeteu imediatamente à imagem de Abel Braga quando de sua chegada há quatro anos atrás....

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

1/5


E se confirmou a vinda de Fossati para o Beira-Rio.


Pagando aproximadamente 1/5 do que se pagaria a Luxemburgo ou Muricy e considerando-se que 2009 foi pródigo em mostrar que o trabalho de um treinador é sempre uma aposta, a escolha é válida.


Talvez com essa economia, sobre mais para contratar bons jogadores, pois são eles que resolvem.

Os professores e os preconceitos


A falta de opções no mercado brasileiro de treinadores torna possível a vinda de Jorge Fossati para o Beira-Rio.

Quais seriam as outras opções ? Cuca não tem o perfil. Dorival Júnior está quase acertado com o Santos. Muricy tem contrato com o Palmeiras. Luxa vai pro Galo Mineiro. Abel está nos Emirados.....

Não existem opções e Fossati parece ser realmente a melhor (e mais barata) alternativa. Mas paira no ar uma forte desconfiança da torcida e da opinião pública em geral. Porquê ?

Porque Fossati é uruguaio e não fala português afirmariam alguns incautos. Mas eis que este morou no Brasil enquanto defendia Avaí e Coritiba e aprendeu nosso idioma. Mas também, entre falar Português, Espanhol e Portunhol, vamos combinar que não há grandes diferenças.

Outros lembrarão que dificilmente um treinador estrangeiro dá certo no futebol brasileiro. E realmente, está aí algo difícil de encontrar. Mas da mesma maneira, é difícil encontrar um treinador estrangeiro com algum renome que tenha trabalhado no Brasil.

Nos últimos vinte anos, os casos mais notórios são os de Passarella no Corinthians, Rojas no São Paulo, Pedro Rocha e Figueroa no Inter. Desses, o mais conhecido era Passarella, porém muito mais pelo que jogou do que pelo que treinou. Rojas e Figueroa eram ex-atletas identificados em seus clubes que assumiram seus cargos de maneira interina, à la Andrade, e desempenharam papel razoável.

Porém, o caso mais presente na mente colorada, e que talvez seja a causa de tanto temor, é o de Pedro Rocha. O ex-craque uruguaio chegou ao Inter em meados da década de 1990 e já na primeira entrevista mostrou seu despreparo ao chamar o Colorado de "a Inter", como se se referisse à Inter de Limeira (ou de Milão).

Além disso, Pedro Rocha vinha sem experiências em grandes clubes ou Seleções. Seu currículo era farto em equipes do interior de São Paulo, sendo o mais marcante o Mogi Mirim.

A questão tática também contribuiu para o fracasso de Rocha no Inter, pois o Uruguaio não abria mão do 3-5-2, crente de que conseguiria implantar o "Carrocel Caipira" no Colorado.

Por fim, é bom lembrar da bagunça em que se encontrava o clube naquela ocasião. É bem possível que nem mesmo Beckenbauer ou Alex Fergusson dessem jeito naquele time.

Fossati tem mais experiência e parece mais preparado que Figueroa, Rocha, Rojas e Passarella. Todavia, sempre existirá um certo preconceito da grande massa de torcedores, que não prestam muito atenção nos nomes dos técnicos de fora e que, certamente estranharão um gringo por aqui.

Porém, é bom lembrar de que Abel Braga veio em 2006 sob forte desconfiança geral e atingiu os objetivos do Clube naquela ocasião.

Portanto, mais importante do que a cor do passaporte do sujeito, seu idioma ou o preconceito que torcida tem, é a convicção dos homens do futebol.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Carta ao Papai Noel


Querido Papai Noel,


Esse ano eu me comportei muito bem, até torci por um velho inimigo semana passada e para provar que acredito no senhor, cheguei a ter esperanças de que eles ao menos empatassem.... não deu, paciência !


Mas meu querido Santa, escrevo-lhe esta singela cartinha por entender que mereço fazer alguns pedidos de Natal. Coisas simples, nada que o senhor já não tenha me dado.


Para começar, gostaria de pedir um técnico para meu time, um treinador cujos jogadores respeitem. Um professor que seja vencedor e se identifique comigo, que entenda de tática, de técnica e de motivação. Que saiba escalar e fazer as substituições com correção.


Também queria ver se o senhor poderia me dar um meia que saiba driblar, passar, lançar, chutar, virar o jogo, cobrar faltas e escanteios e ainda cadenciar a equipe. Tenho um assim, mas gostaria de algo mais completo, que dure a partida inteira, desde o começo.


Ah.... seria bom se eu pudesse ganhar ainda um centroavante que fique na área e faça gols com regularidade. Esse que eu tenho está meio desgastado, até faz gols, mas perde muitos também. E tem uma péssima mania de fazer balõezinhos no meio de campo.


Ah, meu bom velhinho, um lateral direito de verdade é muito importante para mim. Passei o ano inteiro sem unzinho sequer e fez muita falta.


Se o senhor me der esses presentinhos acho que eu faço o resto e ganho a Libertadores em 2010 !


Obrigado Papai Noel !


S. C. Internacional

A melhor notícia da noite


Parece que Luxemburgo não vem mais para o Inter. Tratando-se do Luxemburgo atual, parece ser uma boa notícia para o colorado, a despeito da escassez de opções de técnicos no mercado.


Mas a melhor notícia para o Inter parece ser mesmo a eliminação da LDU, que ao perder para o Emelec, está fora da próxima Libertadores e portanto, fora do grupo do Inter.


Agora já está mais definido o grupo colorado no torneio continental, com Cerro do Uruguai, Deportivo Quito, do Equador e o vencedor entre Banfield-ARG e Emelec-EQU. Além da questão técnica, a eliminação da LDU isenta o Inter de encarar a altitude de Quito duas vezes na fase de grupos.


Engraçado o contra-senso que as equipes do Equador representam no continente sul-americano, pois nós só tememos a LDU em nível continental, mas se eles perderam a vaga para o Emelec e para o Deportivo, deve ser porque estes times são melhores, mas não confirmam essa superioridade no âmbito continental.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A metade cheia do copo


Enfim, acabou mais um Campeonato Brasileiro e o Internacional chegou novamente em segundo lugar.


A torcida em geral está bastante frustrada com esse resultado mas se observarmos que, em cinco anos, o nosso Colorado foi três vezes vice-campeão brasileiro, vice-campeão da Copa do Brasil, campeão da Libertadores, do Mundial, da Recopa e da Sul-Americana, concluímos que o clube está firmado entre as maiores potências do país.


Há ainda uma forte corrente da torcida e da opinião pública que responsabiliza a política de vendas de jogadores pela perda desse título, mas quando se olha para os lados, nossos pares dão exemplos de que a manutenção de grandes jogadores no elenco não é garantia de títulos, a não ser títulos de dívida.


Vejamos nosso tradicional co-irmão. Não se pode dizer que não houve investimento dos gremistas no departamento de futebol. Mesmo com as finanças seriamente debilitadas, os tricolores tirararam a mão do bolso e investiram forte em Paulo Autuori, Rochemback, Maxi Lopez e outros menos votados. Sem Libertadores e com uma dívida alta, o Grêmio terá cada ano mais dificuldades se mantiver investimento alto sem resultados (que continue !).


Palmeiras e Atlético-MG são exemplos ainda mais evidentes. O Palestra Itália achou que investindo meio milhão por mês em Muricy Ramalho, não vendendo nenhum jogador do seu grupo e ainda trazendo Vagner Love por mais meio milhão mensais, ganharia o título. Nem Libertadores pegou e agora, quem vai pagar a conta ? E o presidente ainda é economista !


O Atlético-MG também foi seduzido pelo canto da sereia. Ao ver a possibilidade de título, trouxe Ricardinho, Correia e Renteria e também nem Libertadores veio. O Galo se endividou ainda mais do que já estava e, com isso, apenas piora as condições de montar um grupo competitivo em 2010.


Fazendo um exercício de imaginação, tentemos reconstituir o passado recente, com Nilmar e Magrão no grupo do Inter. O colorado poderia ter se sagrado campeão brasileiro, mas para o ano de 2010, o Internacional se ressentiria desses dois atletas que sairiam em julho, de graça.


Caso isso acontecesse, o Inter teria que cobrir os investidores lesados nessas operações e por isso, não teria recursos para investir em substitutos e outros reforços.


Portanto, mesmo sem o título, o Inter está entre os mais vencedores clubes brasileiros da década e ainda possuí uma administração financeira saudável, que proporciona a continuidade desse crescimento. Apenas Cruzeiro e São Paulo estão no mesmo patamar do Inter nesse momento.


Isso é olhar para a metade cheia do copo. É ter a certeza de que nosso clube estará disputando títulos todos os anos e que, assim como em 2009 não deu, no futuro dará. Mas só dará se o Inter se mantiver permanentemente na disputa.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Chama o Tuta


O centroavante Tuta, que inclusive já jogou pelo Grêmio, deveria ser escalado pelo tricolor gaúcho nesse derradeiro jogo contra o Flamengo.


Explico: Certa vez, quando Tuta jogava pelo Venezia, seu time apenas empatava um jogo contra o Perugia, se não me engano. Eis que Tuta não se faz de rogado e marca o gol da vitória. Porém, seus companheiros de equipe não gostaram nem um pouco de seu engajamento, pois o jogo estava "na gaveta", como se diz.


Com seu gol, o centroavante brasileiro acabou com a armação entre as duas equipes.


Bem que Tuta poderia jogar no Maracanã.....

Venda Casada


Surge uma notícia (ou seria mera especulação ?) de que Sandro poderia se despedir do Internacional no jogo contra o Santo André, já que sua venda para o Tottenham estaria acertada.


Até aí, nenhuma novidade. O ineditismo da notícia está no fato de os ingleses estarem interessados também em D´Alessandro.


Fico aqui imaginando como se deu a negociação do colorado com os Spurs, mais ou menos assim: "Olha, vocês querem o Sandro, a gente não libera antes da Libertadores e custa X. Mas, se vocês levarem o D´Alessandro junto, podemos negociar um desconto e até mesmo uma antecipação da liberação".


Ou seja, no melhor estilo Inbev, o Inter está praticando uma bela venda casada.


Mas na opinião deste humilde torcedor colorado, seria um grande negócio para o Inter abrir mão de Sandro seis meses antes do previsto simplesmente para conseguir desovar D´Alessandro em algum lugar e se livrar do argentino.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A fórmula


Muito tem se discutido sobre a atual fórmula de pontos corridos adotada pelo Campeonato Brasileiro, assim como pelos principais campeonatos nacionais ao redor do mundo.


Com a patética atuação do Corinthians na rodada passada e com a iminente derrota do Grêmio no próximo domingo, elevaram-se as vozes daqueles que acreditam que está na fórmula o problema para tais ocorrências.


Muitos defendem a volta do formulismo, apagando da memória a temporada 1996, quando o Grêmio tirou o Inter da disputa ao perder deliberadamente para o Goiás em pleno Estádio Olímpico.


Outros tantos defendem que o título se decida entre o campeão do primeiro turno (que nesse ano seria o Inter) contra o campeão do segundo turno (que provavelmente será o Cruzeiro). Como se vê, nessa situação, o verdadeiro melhor time, aquele que somou mais pontos no ano todo (já considerando uma vitória flamenguista nessa última rodada), o Flamengo, estaria fora da disputa.


Quanto à questão dos resultados e interesses paralelos, lembremos que o Grêmio poderia ter "entregado" (termo muito em voga nos dias de hoje) o jogo contra o Palmeiras no primeiro turno e, assim, prejudicado o Inter que terminou a primeira metade da competição na liderança, mas com o mesmo número de pontos dos alvi-verdes.

A fórmula de pontos corridos mantém-se, portanto, como a alternativa mais justa. Algo como o capitalismo: não é perfeito, mas não inventaram nada melhor ainda.

Talvez um melhoramento possível seja a colocação de clássicos regionais para as últimas rodadas dos turnos, como publicou em seu blog o jornalista Juca Kfouri.

Nesse caso, imaginem quão emocionante seria essa final de campeonato se o Inter dependesse de uma vitória sua no Gre-nal do Beira-Rio combinado a um empate do Flamengo com o Fluminense no Maracanã, enquanto São Paulo e Palmeiras decidiriam uma vaga na Libertadores e até mesmo a possibilidade de título em um confronto direto no Morumbi.

Memória Seletiva


O grande capitão sem taça do Grêmio, Tcheco, foi muito esperto ao tentar vincular o jogo do Grêmio com o Flamengo à derrota colorada frente ao São Paulo, no ano passado.


Fazendo isso, comparou maça com banana e disse que é tudo a mesma coisa.


Acontece que, a única semelhança entre os dois casos é a ruindade dos dois times em questão: o Inter de 2008 e o Grêmio de 2009. Pois, assim como os tricolores nesse ano, nós colorados não vencíamos sequer o Ipatinga longe de Porto Alegre e não seria contra o poderoso São Paulo que conseguiríamos algo diferente.


Vale lembrar, no entanto, que na época em que aconteceu o jogo do Morumbi, o Inter estava vivíssimo na Copa Sul-Americana e, por motivos óbvios, poupou alguns titulares para um jogo decisivo com o Boca Juniors, argumento que o Grêmio atual não possuí.


Por isso que a memória coletiva dos gremistas, assumidos e disfarçados, faz questão de omitir o caso de 1996, quando o Grêmio entregou o último jogo da fase de classificação para o Goiás, o que, combinado com a derrota do Inter para o Bragantino, resultou na precoce eliminação do colorado daquela edição do Campeonato Brasileiro.


E justamente naquela edição, o Grêmio sagrou-se campeão, vencendo inclusive esse mesmo Goiás, duas vezes, nas semi-finais.


Aquela derrota deliberada dos gremistas ficou ainda mais evidente quando o famoso aviãozinho sobrevoou Porto Alegre logo após os jogos com a frase: "Eles estão fora !".


Portanto, é o Grêmio que se especializou em entregar jogos visando exclusivamente prejudicar seu mais tradicional adversário e não o contrário.


Mas um clube só pode prejudicar um outro clube, se este último não se ajudar. A memória seletiva colorada não deve omitir que esse ano, o Inter perdeu 7 pontos no Beira-Rio para Botafogo, Atlético-PR e Vitória.


De maneira análoga, o Grêmio de 2008 tinha 11 pontos de vantagem sobre o São Paulo ao final da primeira rodada do segundo turno. Ora, o jogo do Inter contra o tricolores paulistas valeu os mesmos 3 pontos de todos os outros jogos e não 11.


Por fim, o Inter treinado por Figueroa em 1996, não deve nunca queixar-se da derrota sem-vergonha do Grêmio quando o próprio Inter perdeu para um Bragantino rebaixado, desmontado e desmotivado.