quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Copa do Século XXI


A Copa do Mundo costumava ser a desforra para os amantes de futebol. A cada quatro anos, podia-se ver e descobrir jogadores talentosos dos mais diferentes cantos do mundo.



Poucos conheciam Skuhravy, atacante da Tchecoslováquia, e Roger Milla, mito de Camarões, antes da Copa de 1990. Gullit, Rijkaard, Van Basten, Klinsmann, Matthaus e Gascoigne eram mais conhecidos, mas pouco acessíveis há longíquos 20 anos.



Quem não se assombrou com Hagi, Dumitrescu, Raducioiu, no timaço da Romênia de 1994 ? Com Hristo Stoichkov e a incrível campanha da Bulgária ?



No bom time sueco de 1994, muitos conheciam Thomas Brolin e Henrik Larson, apesar de pouco assistirem desses jogadores. Ainda assim, Martin Dahlin, Thomas Ravelli e Keneth Anderson foram gratas surpresas reveladas apenas durante a Copa.



É possível pensar, inclusive, que a Copa de 1994 represente uma espécie de elo perdido entre a era atual, de acesso rápido, farto e fácil à informação e o passado, quando ver jogadores da qualidade de Platini ou Lineker, era um acontecimento possível apenas a cada quatro anos.



Na Copa da África de 2010, não há segredo, não há surpresa. Quem gosta de futebol, já viu Samuel Eto´o bastantes vezes, assim como Cristiano Ronaldo, Drogba, Essien, Ribery, Messi, Rooney, Robben e Sneijder.



As poucas novidades poderão estar na Coréia do Norte, que vive um regime político próximo ao da época do Tri Campeonato Brasileiro, ou em Honduras, que por estar na América Central, recebe menos atenção da mídia global.



Ah, como é fácil gostar e entender de futebol nos dias de hoje.

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