segunda-feira, 12 de abril de 2010

O fim de uma era


A eleição do Clube do 13 que ocorre esta tarde promete encerrar uma era de "ordem e progresso" no futebol brasileiro.


Independente do resultado, a união dos clubes mais importantes do país está enfraquecida e, com isso, a idéia de uma liga independente (caminho natural que se desenhava) fica prejudicada.


É até possível que, com o aval da CBF, que parece não ter interesse em arcar com o ônus de organizar o Campeonato Brasileiro (apenas aproveitar-se dos bônus), crie-se algum tipo de liga entre os clubes, mas não independente, sempre submissa aos interesses da Confederação Brasileira.


Por parte do Internacional, que cresceu a partir da implantação da fórmula de pontos corridos, que garantia 19 jogos em casa pelo Campeonato Brasileiro, independentemente da qualidade do time, possibilitando o crescimento do quadro social, aumento das receitas e valorização da sua marca, os acontecimentos desta tarde, sejam quais forem, deverão ser prejudiciais.


A tendência é pelo fim do critério técnico na competição nacional, trazendo à tona clubes moribundos como Bahia e Portuguesa ou pela redução da fatia de Grêmio e Inter nos contratos de televisão.


Porém, mesmo que tudo fique muito pior para o Inter, mesmo que toda essa politicagem nojenta seja absurda, a única certeza é que nós, torcedores, independente da maneira como serão disputados os próximos torneios nacionais, estaremos lá, torcendo pelo nosso time, esperando que ele vença, contra tudo e contra todos, mesmo sabendo, pelos acontecimentos mais recentes (2005, não esqueçamos nunca!), de que as chances são sempre mínimas, que não se trata de uma luta entre onze homens dentro de um campo, nem mesmo entre a qualidade das administrações dos clubes.

É uma luta injusta, mas que a paixão impede que se ignore.

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