quinta-feira, 28 de maio de 2009

Como se forma um 'match winner'


O jogo estava complicado 0x1 no placar. Aquele gol sofrido em casa, que vale “quase” dois para o adversário foi muito cedo. Cedo para a torcida entender o que estava acontecendo. Cedo para o time entender o que havia ocorrido. Cedo para que o Coritiba pudesse sentir confiança, pois havia Taison em campo.
Sem Guiñazu como o esteio de personalidade da equipe, o time do Inter, mesmo cascudo e experiente, precisava de alguém que assumisse a responsabilidade. E a solução não estava em D´Alessandro – que jogou muito bem – nem em Nilmar – que não teve tempo, pois tiraram ele antes disso – as duas grandes estrelas do time.
Foi Taison que mostrou porque é a revelação do Brasil na temporada e, mais do que isso, apresentou uma maturidade além do normal. Não teve medo de cara feia, fez o gol de empate, duas jogadas maravilhosas para a virada e para o terceiro gol e deixou o sistema defensivo do Coxa zonzo.
Ontem Taison foi o match winner do Internacional. O cara que decide, como Michael Jordan do Chicago Bulls ou Kobe Bryant no Lakers. Aquele cara que nos últimos segundos do quarto quarto da sétima partida dos play-offs, recebe a bola para arremessar da linha dos três pontos – e faz. Em vários jogos isso tem acontecido, mas ontem foi a primeira vez que ocorreu em um momento tão decisivo, em uma partida eliminatória de uma fase aguda da Copa do Brasil, o que traz ainda mais tranqüilidade à torcida e à equipe, que sabe que em momentos difíceis pode contar com Taison, suas arrancadas insuperáveis, dribles desconcertantes e arremates certeiros.

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