quinta-feira, 25 de junho de 2009

A força do grupo


Qual a real importância de se ter um grupo forte para que o Internacional dispute todas as competições que participa em condições plenas de vencê-las ?
Qual é a real força do grupo colorado ? É forte como mostrou a campanha do Campeonato Brasileiro até a quinta rodada, quando tinha 100% de aproveitamento em casa e 78% dos pontos ganhos fora de casa, incluindo disputas contra Corinthians e Cruzeiro, ou fraco como se mostrou entre a sexta e a sétima rodada, quando empatou em casa com o Vitória e perdeu de 4x0 para o Flamengo no Maracanã ?
Alecsandro se transformou de bom suplente para péssimo jogador que acha que é craque mas não joga “um ovo”. Giuliano passou rapidamente de “hot prospect” e incrivelmente-maduro-para-a-sua-idade para imaturo e incapaz de atuar numa equipe do nível do Inter. Danilo Silva não está mais sendo-preparado-para-assumir-a-lateral-direita e agora se diz que não sabe marcar (mas o cara não é zagueiro de origem ?).
Qualquer grupo, do Manchester United ao Ipatinga, passando por Internacional, Barcelona, Real Madrid e afins, se ressente da perda simultânea de quatro dos seus titulares. Ou alguém acredita que o Barcelona, campeão espanhol e europeu nessa temporada, manterá a média de seu desempenho se perder Eto´o, Messi, Xavi e Pujol ao mesmo tempo por quatro ou cinco jogos consecutivos ?
Dadas as devidas proporções, foi o que aconteceu com o Internacional. Messi é o nosso Nilmar, Eto´o é como Taison para nós, Xavi seria o D´Alessandro e Pujol o Bolívar. Poderíamos desfalcar ainda mais o Barcelona, tirando o Piqué, que teria o efeito próximo da falta que Kléber nos faz.
Acho que ficou bastante claro com o exemplo barcelonista que nenhuma equipe do mundo pode prescindir de quatro ou cinco jogadores de tamanha importância sem prejuízo para o conjunto e por conseqüência, para os resultados.
O caso do Internacional apresenta ainda alguns agravantes. Primeiro, a condição financeira do futebol brasileiro que não permite aos clubes manter grupos fortes e fartos como se costuma fazer na Europa. Segundo, a consciência coletiva do jogador, da imprensa e da torcida no Brasil, em que ser titular é mais importante do que ser útil para o grupo, tornando muito mais difícil manter um grupo unido em busca de um objetivo comum. E por fim, o fato de que a falta desses jogadores ocorreu em partidas decisivas como a final da Copa do Brasil e o confronto contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.
Mas a importância de um grupo forte é muito grande, principalmente nessa nova era dos pontos corridos no campeonato brasileiro e o Internacional tem sim um bom conjunto de jogadores que suprem com qualidade a lacuna deixada pelos eventuais titulares, como mostra a atual colocação colorada no atual certame nacional.
Portanto, com o encerramento da Copa do Brasil no primeiro dia do mês de julho, o clube ajustará seu foco para a conquista do Campeonato Brasileiro o que, independente do que acontecer na quarta-feira da próxima semana, deverá se realizar lá em dezembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário