terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A fórmula


Muito tem se discutido sobre a atual fórmula de pontos corridos adotada pelo Campeonato Brasileiro, assim como pelos principais campeonatos nacionais ao redor do mundo.


Com a patética atuação do Corinthians na rodada passada e com a iminente derrota do Grêmio no próximo domingo, elevaram-se as vozes daqueles que acreditam que está na fórmula o problema para tais ocorrências.


Muitos defendem a volta do formulismo, apagando da memória a temporada 1996, quando o Grêmio tirou o Inter da disputa ao perder deliberadamente para o Goiás em pleno Estádio Olímpico.


Outros tantos defendem que o título se decida entre o campeão do primeiro turno (que nesse ano seria o Inter) contra o campeão do segundo turno (que provavelmente será o Cruzeiro). Como se vê, nessa situação, o verdadeiro melhor time, aquele que somou mais pontos no ano todo (já considerando uma vitória flamenguista nessa última rodada), o Flamengo, estaria fora da disputa.


Quanto à questão dos resultados e interesses paralelos, lembremos que o Grêmio poderia ter "entregado" (termo muito em voga nos dias de hoje) o jogo contra o Palmeiras no primeiro turno e, assim, prejudicado o Inter que terminou a primeira metade da competição na liderança, mas com o mesmo número de pontos dos alvi-verdes.

A fórmula de pontos corridos mantém-se, portanto, como a alternativa mais justa. Algo como o capitalismo: não é perfeito, mas não inventaram nada melhor ainda.

Talvez um melhoramento possível seja a colocação de clássicos regionais para as últimas rodadas dos turnos, como publicou em seu blog o jornalista Juca Kfouri.

Nesse caso, imaginem quão emocionante seria essa final de campeonato se o Inter dependesse de uma vitória sua no Gre-nal do Beira-Rio combinado a um empate do Flamengo com o Fluminense no Maracanã, enquanto São Paulo e Palmeiras decidiriam uma vaga na Libertadores e até mesmo a possibilidade de título em um confronto direto no Morumbi.

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