quinta-feira, 2 de julho de 2009

Foi apenas um sonho


O post de ontem foi apenas um sonho. Quando acordei, o jogo já havia começado e aos 20 min, marcava 0x2 Corinthians.

Já devidamente acordado pela coça que levávamos, assisti ao restante da partida com o sentimento de fera ferida, em busca da honra perdida.

Da derrota não sentia medo ou desânimo, mas o adversário eu não admitia. A verdade é que a reação que se viu do Internacional ao ser derrotado remeteu o ano de 2005. Não aceitamos ter perdido no campo um título para quem nos roubou no tapetão quatro anos atrás.

Ainda assim, alguns pontos merecem ser destacados:

- O dossiê que o Internacional produziu não surtiu o efeito esperado. Apesar de verdadeiro, o que se viu foi um Inter reclamando demais da arbitragem, um juíz que continuou favorecendo os paulistas e um Corinthians que parecia saber dessa vantagem.

- O Inter estava apressado e descontrolado emocionalmente. Isso fez toda a diferença.

- Um ponto positivo na derrota. Espero que enterrem de vez essa mística da camisa branca. O uniforme do Internacional, em casa, é vermelho.

- Ouvindo após o jogo as entrevistas de D´Alessandro, Píffero, Mano Menezes, Tite, Guiñazu, Andrés Sanches e Fernando Carvalho tive mais certeza de que torço para o clube certo. Tive mais orgulho dessa massa em vermelho e branco, desses jogadores que me representam.

- Em especial, ao ouvir Andres Sanches, lembrei dos nossos piores momentos de um passado nem tão distante, de Império Otomano. Ao ouvir o ATUAL presidente do Corinthians, veio a minha mente nossa "era das sombras" e, acredito que, o que mais doeu não foi a derrota em si, mas a derrota para esse clube, que representa tantas coisas ruins para o futebol brasileiro.

- O que dói é ver essa "gestão" corinthiana ser elogiada por "pseudo-especialistas" em esportes, marketing, jornalismo, futebol, simplesmente porque venceu o título, esquecendo-se de tudo o que "fizeram" para chegar até aqui. Mais uma vez, o lado vencedor é exaltado e o lado perdedor é execrado.

- A cultura brasileira de que "só o que vale é o título" mostra-se evidente nesse caso, onde os campeões têm razão e o resto não tem nada.

- O que nos resta agora é esperar por dezembro, quando seremos campeões brasileiros, campeões do título mais importante do Brasil e, torcer não apenas por isso, mas para que ao conquistar o campeonato, mostremos como se vence com elegância, com justiça, com retidão.

- Vencendo ou perdendo, a cada dia que passa, mais colorado eu sou.

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