quarta-feira, 24 de março de 2010

O Mistério Fernandão


Na janela de transferências de agosto de 2009, quando começaram as especulações sobre um possível retorno de F9 para sua casa, o Beira-Rio, eu entendia que sua volta seria um erro para todos. Para o próprio jogador e para o time do Inter.

Fernandão tinha muito mais a perder do que a ganhar. Tinha uma imagem consolidada dentro do clube que ficaria arranhada se voltasse abaixo do esperado, o que se viu ocorrer, de fato, lá no Goiás.

Para o time também parecia ser um mau negócio, pois o treinador seria obrigado a conceder a titularidade e quiçá, a braçadeira de capitão a Fernandão. E como reagiriam os egos dos demais jogadores ? E, principalmente, se F9 voltasse com rendimento abaixo do esperado, como tirá-lo do time ?

Se viu muito bem o que aconteceu com Vagner Love no Palmeiras e com o próprio Fernandão no Goiás, portanto.......

Ano novo, vida nova, técnico novo e time quase igual. Eis que muitos colorados passaram a ver a falta de uma liderança incontestável, de um elo de ligação entre a torcida e o time, enfim, da falta de carisma do atual grupo de jogadores do Internacional.

Quase que instantaneamente surgem novamente rumores sobre uma volta de Fernandão, principalmente após F9 declarar que ficaria “mexido” com uma proposta do Internacional.

Porém, ficou meio fora de contexto essa declaração do eterno capitão colorado. Porque ele fez isso ? Foi questionado a respeito ? Resolveu falar para colocar pressão sobre os dirigentes em um momento de “crise” ? Seria o famoso “bola nas costas” ?

Enfim, colocando a paixão de lado e tentando pensar racionalmente, quais seriam as motivações para re-contratar Fernandão ? Nosso eterno ídolo viria ganhando quanto ? Walter sumiria de novo por isso ? O momento físico e técnico de Fernandão avalizaria essa contratação ? Quanto o Goiás pediria para liberar o jogador imediatamente (já que a idéia seria utilizá-lo na Libertadores e o jogador só ficaria livre no ano que vem) ? O estilo de jogo de Fernandão combina com as principais peças do atual time colorado ?

São essas e mais dezenas de perguntas sem respostas, mas com pistas apontando para a não contratação do jogador, que pairam sobre a cabeça dos dirigentes, em especial, Fernando Carvalho.

Para frente é que se anda. Novos líderes devem ser gerados de dentro do Beira-Rio, essa eterna fábrica de craques e ídolos.

Aos antigos, devemos sempre reverenciá-los, sem contudo, paixão cega e lugar cativo no time, pois se assim for, será o princípio do fim.

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